sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A quermesse

Minha história aqui começa
com vontade de cantar
as coisas que todos vêem
mas não conseguem amar
querendo fazer com elas
um céu cheinho de estrelas
pra mode a gente ispiá

           Do passado veio a cultura
           da dança do pastoril
           naquela época as moças
           dançavam de modo sutil
           a Diana  a todos encantava
           o palhaço garantia as gargalhadas
           em noites que jamais se viu

Veio também o samba de coco
com seu  jeito encantador
as moças balançando as saias
os rapazes suspirando de amor
o povo todo cantando
numa noite de puro louvor

           O poeta também veio
           a sua história contar
           riscou o tempo inteiro
          do começo até os dias de cá
          não faltou engenho e arte
          contou a história sem enfado
          cumpriu o papel de encantar

A  poesia que é farta
teve alguém para cantar
o poeta aboiador
veio a  público aboiar
parou o trânsito e o povo
vaqueiro sorriu de  novo
vendo sua arte estrelar

          Mas  o contador de histórias
          traz tudo em sua memória
          num momento e num instante
          traçou as lorotas constantes
          falou dos mitos e lendas
         e não esqueceu das prendas
         e das  lições de antigamente

A quadrilha abrilhantou
com seus passos delirantes
todo o povo até cantou
o forró de acompanhante
só se via a alegria
reinando com essa folia
esse ritmo apaixonante

       Teve gente encenando
       a história do nosso povo
       vestido adequadamente
       relembrando nosso esforço
      dizendo de sua coragem
      ressaltando a sua arte
      num Monte Alegre novo

Teve até dança cigana
pra encantar os nossos olhos
o povo na praça vibrou
com o encanto da cigana
se lesse a sua sorte
era como entrar no céu
o encanto era forte
tinha amor era a granel

       Passeando pelo tempo
       nos  caminhos da  história
       sem querer se conseguiu
       reavivar as memórias
       na linha do tempo teve
       os grandes nomes que aqui teve
       reconstruindo nossa história

A cultura afamada
guardou no tempo seu legado
trouxe até uma lambreta
balança, ferro e machado
as cuias e as medidas
dos  legumes do roçado
os bordados das rendeiras
tecendo a rede do passado

      O vaqueiro  e o seu  terno
      o pintor com os seus quadros
      o poeta com seus livros
      e o povo c om seus guardados
      tudo isso é da nossa cultura
      de Monte Alegre um legado

Brincadeira de criança
é coisa que adulto o sta
pescaria , argola, boliche
peteca e perna de pau
criança brinca e faz a festa
adulto vê e com tudo se encanta

      O mistério também veio
      nossa festa abrilhantar
      a cigana leu a mão
      fez o povo fascinar
      depois fez a praça inteira
      por ela se apaixonar 

Sei, leitor, que cultura
nunca um dia vai acabar
pois em nosso coração
sempre vai perpetuar
pois a nossa existência
 é prova dessa ciência
viemos aqui para ficar.



Um comentário:

Jardiel andrade disse...

A quermesse foi uma das ótimas coisas que deve esse ano. Tivemos dança. Música comida. Pessoas caracterizadas . As crianças brincavam. E os adultos assistiam ao show de dança. Bem. Poderia ter sido melhor. Mas foi bom.

Colagens naturais!