segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Lilases, vermelhos, amarelos...

Às margens da rodovia, meus olhos captam o amor na cor das flores de ipês, mulungus e craibeiras. Cada flor e cada cor revelam um tipo de esperança diferente, um  tipo de amor diferente, uma vida que nunca morre e resiste a todos os tropeços do destino que damos à nossa natureza. 
Mas ao olhar e registrar a delicadeza dessas cores e a magistral forma de cada flor, não há como pensar nos desvarios do homem que jamais pensa em preservar, somente desbravar. Elas não, todo ano florescem, que seja com sol ou com chuva. Elas estão lá, encantando a todos os que passam pela estrada, como se estivessem cumprimentando, acenando para nós. Talvez estejam pedindo para que as preservemos, ou mesmo dizendo que elas são parte da nossa. Não sei. Veja e conclua você mesmo.






Mandacaru

O sol nasce no horizonte e mais um dia parece não trazer esperança. Ao redor tudo é seco, o vento, cansado de levar a poeira, repousa no restinho da relva e sereno da madrugada.
Chega a doer a incerteza do instante, mas uma flor nasce em meio aos espinhos e sua beleza confunde a dor de tal maneira que  não há como não admirar.








Mandacaru, cheio de espinhos, mas com uma flor de inigualável beleza. Ela aponta para o céu saudando o sol e o dia, criando uma ilusão de que tudo ocorrerá bem. 
Mandacaru, que alimenta o espírito e a ânsia de chover. 
Mandacaru, só ele resistiu à dor.

Colagens naturais!