quarta-feira, 11 de junho de 2014

Ases Poéticos: Crônica da viagem By Beth Ferreira

Ases Poéticos: Crônica da viagem By Beth Ferreira

Crônica da viagem By Beth Ferreira

Ainda há o friozinho da noite se apressando por se esconder. Os primeiros impulsos do calor do sol vêm esquentando o véu da noite para anunciar o nascer do novo dia.  À nossa frente muito chão!!! Muito chão e a ansiedade de viver grandes reencontros com antigos amigos e com os parentes, grandes histórias, grandes encantos.
Surgem os primeiros raios de sol e o anúncio de um dia de calor intenso. A estrada parece abraçar-nos e em nossos rostos ainda expresso  o cansaço dos preparativos do dia anterior,  mas com a alegria  contornando cada uma de nossas  passagens. 

Na estrada  carros e carretas imensas trazem consigo histórias daqui e de acolá registradas no vento ao nos ultrapassar. Nós as ouvíamos e imaginávamos que histórias estaríamos a compartilhar.


Chegando à divisa dos Estados de Sergipe e Bahia a emoção toma-nos de verdade. Estávamos mesmo concretizando o sono de viajar pela Chapada diamantina e chegar mais tarde a Bom Jesus da Lapa.
As placas da BR indicavam o caminho que deveríamos seguir e, ao mesmo tempo, nos dava um banho de cultura com seus nomes de origem indígena em sua maioria. A mesma BR nos traz imagens magníficas, nas quais a natureza se mostra exuberante com detalhes minuciosos, dentre os quais a mata tecida de flores, ora amarelas, ora rosas, lilases ou brancas.                                                        Isso até chegarmos à Chapada Diamantina. De lá por diante, a natureza nos premia com uma árvore de folhas vermelhas, que no meio das outras parece um imenso buquê de roas vermelhas, enaltecendo os olhos de quem o vê.

E as serras? Elas parecem nos acompanhar!


Nossa viagem caminha junto ao véu da noite que embala nosso cansaço na ânsia de chegar. Agora são os cheiros da noite que nos encantam. O cheiro do capim  orvalhado que se assemelha ao cheiro da cana. É  Sertão!!!!!!!!!!

Um pequeno espaço de escuridão e silêncio em que ouvimos apenas o ronco do motor do carro rasgando a estrada. De repente, as luzes da Lapa!!!!!
Enfim, chegamos!!!!!!!
Todo o desgaste de dezessete horas no carro se dissipa no sorriso e no abraço de todos os que ansiosos nos esperavam.

E aí começa uma nova história!!!!!!!

Colagens naturais!