sábado, 30 de outubro de 2010

Quando falar de meio ambiente torna-se igual a falar de Jesus Cristo...

Embora pareça mais retórica que realidade, é justamente essa a assertiva: falar de meio ambiente e de Jesus Cristo é a mesma coisa, ninguém quer escutar. Nos últimos 21 e 22 de outubro, um grupo de professores heróis, apaixonados pelo meio ambiente e tudo o que o constitui e cerca, levou até a capital sergipana uma exposição cujo nome traduz a realidade do sertão montealegrense: O contraste da saga sertaneja em Monte Alegre de Sergipe. O evento aconteceu no minisshopping da Universidade Tiradentes - UNIT -da Farolândia, espaço cedido pela coordenação geral em apoio ao professor Walfran Lima Sousa, curador das artes do sertão e secretário do Pólo de Monte Alegre de Sergipe. A exposição apresentava o antes e o depois da estação das chuvas, a degradação natural e a vida surgida depois da seca. Em contraponto, mostrava a ação danosa do homem, que em detrimento próprio, com raízes puramente capitalistas, interfere no ambiente, não só devastando a terra, mas influenciando no clima, na fauna e na flora. Através de fotoagrafias, a professora Betania Maria de Andrade Ferreira mostrou que o sertão montealegrense é "um imenso jardim cujas cores mesmo quando secas encantam os olhos de qualquer vivente". Apaixonada que é por natureza, a professora registrou flores tão minúsculas que poucas pessoas  já as viram. Uma flor que chamou a atenção foi a flor do maracujá com seus detalhes inigualáveis. Animais, plantas, gente, céu, águas tudo é motivo de registro aos olhos dessa carioca de nascença e sertaneja de coração e alma. Paralelo a tudo isso, um novo artista surge nesse cenário de vida, o artista plástico e designer Ricardo Meneses, que com suas maquetes mostrou a todos o que é o sertão em riqueza de detalhes. Como não estamos sozinhos na tarefa de divulgar a vida, as professoras Ana Angélica Vieira de Melo e Iracema Nery Silva reforçaram o trabalho de encantamento do público que prestigiou o nosso trabalho.
O ideal primeiro desse trabalho era mostrar que o sertão não é só seca, miséria e fome. A seca é um fenômeno natural, mas a devastação provocada pelo homem é irreversível em alguns casos. A seca vem e a vida se esconde e basta uma noite de intenso orvalho para que uma grande tapete verde se forme cobrindo a terra seca.  Isso as pessoas precisam saber!
Não sabemos se por falta de informação ou se por ironia, um visitante questionou a presença de tratores no sertão. Ou seja, a idéia que se tem de nosso espaço é de que nada vive, só rasteja por aqui e que ninguém cresce ou prospera nesse lugar. Mas as fotos provam o contrário e nesse ponto cremos que atingimos o nosso objetivo. Que digam que o sertão é seco, árido, mas nunca que não tem vida! Como diz a professora em seu poema: " Meus sertão é lindo de se ver, com sol ou chuva aqui se pode viver!" Vejamos as fotos do evento logo a seguir.































Colagens naturais!