sábado, 2 de outubro de 2010

Sobre a política

Amiga Luce,

 Chegamos às cortinas de um tempo que se faz inconsequente. Falo da política partidária, travestida de democracia, mas de cunho puramente nazista, no qual não existe respeito algum pelo ser humano, pelas diferenças, pelos pensamentos célebres.
Torre de Babel. Talvez simplificasse o conceito desse tempo, pois todos falam, mas poucos se fazem entender. As divergências são mais importantes que as coerências.
A política   em si é séria, facilita o cotidiano por ser um regime, uma organização, mas as conotações que as pessoas dão a ela é que deturpam o final de toda história que necessite o envolvimento dela.
Inúmeros questionamentos movem o pensamento.Quase contradição. A verdade é que o jogo de interesses, a necessidade de se dar bem, a carência de status é que traduzem através do senso comum  o que seja política. A força imanente dele  é tão forte, que embora pura e por causa disso, é passível de  torpezas absurdas. As pessoas de humlde pensamento e procedência se deixam levar pelas dificuldades da vida e facilmente são ludibriadas por lobos sanguinários, legítimos canibais chamados políticos. 
Maquiavel sabia bem o que estava fazendo, nós é que brincamos com as semânticas da vida, deixamos de enxergar por conveniência. Esse é o nosso carma.
Por todos os lados vemos os apelos incessantes dos candidatos que tentam bular leis e até a nossa dignidade. Questiono que força é essa capaz  manipular gerações de intelectuais de forma tão  grotesca. Refiro-me a intelectuais por possuirem certa carga de conhecimento maior que as pessoas mais simples. Estes já foram anestesiados e aniquilados pelo poder político, já não reconhecem a própria voz e não sabem onde ficou a sua vez. Aqueles que sempre tiveram e têm acesso ao conhecimento em suas diversas nuances hoje estão vulneráveis ao poder e vontade políticos. Assusta saber o que esperar de um futuro no qual todos estarão  à mercê do poder maquiavélico da política partidária, que em nada se  preocupa com o bem estar coletivo. Seria então o fim da dignidade humana?
Sei que abusei do pensamento trágico, mas este até reflete mesmo o que estamos vivendo há tempos.
Imagine o Brasil há vinte anos adiante. 
Imaginou?
Vou descrever o que imaginaste.
As escolas serão lugares de bate papo informal sobre temas triviais, menos conhecimento científico, a menos, é claro, que tenhamos uma nova revolução industrial e precisemos  de mão de obra mais qualificada. Os professores dessas escolas serão apenas guardas de segurança.
As igrejas gritarão: - Senhor! Senhor!  e as pessoas rirão  das faces preocupadas dos líderes desse imenso rebanho. 
as instituições sociais  serão agências econômicas, nas quais somente quem tem dinheiro será amparado, pobre não irá existir, pois só terá espaço para quem já é rico.
Sei, sabemos que tudo isso pode e até deveria ser profecia barata, mas a educação arraigada mundo a fora é essa, na qual não há espaço  para o amor, somente para o poder. A partir daqui o pensamento remete ao passado quando Hitler criou o ideal da raça ariana e dizimou populações. Essa foi uma pequena demostração do poder político e sua força, pois este não tem Deus e não sabe o que é o amor. Compreende?
Sei que misturei muitos fatos, Luce, mas é isso ou nisso que resulta o poder político: o caos.
Mais uma vez não concluirei minha idéia, pois sinto ter parado ou perdido o fio da meada . Farei então o seguinte, adiarei a minha conclusão com um até breve de arremate!




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