domingo, 9 de outubro de 2011

O rio de minha vida


Ao lado de estrada passa o fio da vida brotando em cada flor desabrochada. No caminho das águas minha vida corre...

 Nas pedras meu coração pulsa e lateja sem encontrar o sentido...


 Me escondo no funda das águas sem saber se vou e onde chegar.
 Busco nas vagas das pedras  um refúgio que não sei se existe, espreitando a vida sem melancolia e força.
 Miro a estrada no espelho d'água e minha alma pensa voar.
 Vejo minha face esparramada de dor e o sol cumplicia minha intensa agonia.
 Meus olhos vagam em meio ao verde às margens do rio...
 Na vegetação  arrastada pela força descomunal da água da chuva, uma enxurrada de lembranças desmonta minha alegria e viajo...
 O céu tenta iluminar minha dor...
 Novamente me prendo nas vagas das pedras para que nada de mim aflore...
 Mas o rio me leva a lugares longínquos... e nas curvas dessa estrada me revelo sozinha.
 Encontro apenas chão rasgado...
 E mais chão rasgado... sem me ver como criatura.
 Mais mistério na estrada de mim em meio ao rio ora seco. Meus destino e rio são um só.
 Abro estradas, mas caminho sozinho em todos os caminhos.
 Vou andando sem saber se chego ao mar.

 Gesto uma fina esperança, sem saber se irá nascer.
 Acordo apenas para o sonho rosa de amar e viver feliz.
Depois da chuva vem a bonança, mas o amor vai embora com a correnteza e o rio em minha vida escorre por entre os meus dedos....

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