sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Alguém cuja imagem jamais será esquecida!

Pensei em escrever uma poesia para homenageá-lo, mas as palavras fugiram-me ligeiras, dando lugar a imagens inesquecíveis. Falar de você, meu tio Vadinho, é a mais pura poesia que alguém  pudesse criar. Não creio que o perdi. Nem eu e nem toda a nossa família. Nós o entregamos a Deus, embora num momento que nos pareceu inoportuno. Dentro de mim muitas certezas se firmam sem cessar. Uma delas é a de que, no céu, um lugar para ti estava reservado. 
Quando de sua chegada lá, os céus verteram lágrimas...lágrimas tricolores!
Cá todos choramos, mas também sabíamos que não era de revolta. Sabíamos que lá, nos braços do Pai, você estaria contando muitas piadas... tanto foi que choveu com o sol aberto! A chuva lavou seus passos, mas não apagou a sua história. Seus filhos, seus netos, sua amada e guerreira esposa, seus amigos deram a você um público maior para as suas histórias. Sabemos que não teremos mais portugueses e nem gays e nem velhinhos e nem bêbados depois de sua partida, pois eles só tinham vida em suas histórias, mas teremos, como ninguém, a lembrança de alguém que não foi comediante, mas soube levar humor e alegria a todos os que de você se achegavam.
Você teve defeitos sim. Mas e quem não os teve ou tem? O seu diferencial é que jamais deu  ousadia à dor, à tristeza. Sofreu bravamente ao  lado de sua amada Helena, mulher forte no nome, na sina e no peito. Criou seus filhos da forma como sua consciência mandou e esperou em Deus que sua  mensagem pudesse frutificar no coração de cada um dos seus.
A saudade, o seu lugar, a sua iamgem sempre existirão conosco até que cesse nossa geração e não será difícil lembrar de ti e perder-se em gargalhadas. Afinal, você foi e continuará sendo a face da alegria, pois jamais o vimos de face triste. Você foi e continuará sendo um exemplo para nós!  
Que descanse em paz e em Deus, meu tio, meu amigo, meu irmão ou simplesmente "Alemão", como carinhosamente o chamávamos!

Colagens naturais!