quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Não mais que palavras


Eu sou sem ser, mania de querer. Sou tudo sem ser nada, mania da madrugada, Sou efêmera e eterna, casual e do ocaso, ósculo da vida. Não tenho limites, mas tenho a estrada, não tenho a cor, mas tenho... amor... Sou eu mesma em mim e assim sempre, enfim Não tenho acordes, mas sou música Não tenho letras, mas sou um livro Não vivo sem respirar o belo Não sonho sem dormir no eterno Sou o sol sem a luz do dia Sou a lua sem o ar romântico da noite Sou a força do fraco e a fraqueza do forte Sou a vida ou sou a morte, mas também sou a sorte Eu sou um eu que sofre, chora e geme, que ama e que sente, que tenta e lamenta, que engana o destino e acalanta no caminho Sou apenas um humano que de tão humano carece ser divino Não sou deusa e nem quero ser, mas sou divindade no seio de minha casa Sou só um ser...

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